segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Os hospitais italianos

Caros amigos!

Como havia mencionado anteriormente, retornamos para Roma no dia 24 para passar o natal em nossa "casa romana". Porém, minha filha pequena adoeceu e passamos todo o dia 25 no "ospedale Bambin Gesù". Não tinha tido a oportuniadde de saber como funciona o sistema de saúde italiano e a experiência não foi boa. Primeiro, precisamos passar por uma triagem na qual a temperatura e os sintomas da crianças (captados em menos de 1 minuto) servem para dizer onde ela esperará pelo atendimento. Mesmo argumentando que possuíamos seguro de saúde a regra não se alterou.

Fomo colocados na sala "verde" (local daqueles que estão com alguma doença contagiosa) e depois de esperarmos uma hora fomos atendidos em outros cinco minutos por um médico que mandou que voltássemos a mesma sala e continuássemos esperando. Passada mais uma hora, apareceu uma enfermeira trazendo soro fisiológico para minha filha e mandou que eu mesma o ministrasse. Detalhe: na tal sala estavam pelo menos outras 15 crianças, com pais, avós e irmãos (alguns comiam) todos sentados em cadeiras desconfortáveis e na mesma situação nossa.

Depois de outras duas horas, pedi auxílio e me foi dito que logo retornariam. Passados outros 45 minutos vieram me dizer que podia ir para casa. Resultado: concluí que o sistema de saúde daqui é igual ao nosso SUS, com as mesmas filas e com as mesmas deficiências.

Não foi o melhor dos natais, mas no final tudo deu certo e a minha pequena já está melhor!

Hoje voltei ao banco e depois de 15 dias sem responder minhas ligações e sem me atender pessoalmente a funcionária me disse que não pode abrir a conta sem o tal "código fiscal" (o CPF italiano). Estou preocupada pq. me disseram que leva dias, quem sabe até meses para obtê-lo e eu preciso receber as mensalidades para me manter por aqui! Escrevi ao CNPq perguntando como devo proceder e estou esperando a resposta deles.

Porém, hoje obtive uma boa notícia: fui à Feltrinelli e consegui comprar o livro que faltava ("Comunitas" de Roberto Esposito). Começarei a leitura agora.

beijos

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