OLÁ! O presente blog pretende discutir a jurisdição e a mediação enquanto meios de tratar conflitos sociais apontando seus acertos e desacertos na busca por uma resposta adequada em termos qualitativos e quantitativos.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
O caso da malaguEEETTTAAA
Charge de Gerson Kauer
Calejada pelos azares da vida e pelo peso do trabalho de quase três décadas de sol e chuva, a agricultora de 52 anos de idade fica aturdida ao descobrir que o marido, um servidor da Prefeitura de município gaúcho, depois de 27 anos de casamento, mantinha um caso com uma fogosa jovem de 25 anos.
Repetidas noites, a agricultora tentou ser insinuante para reconquistar a exclusividade do marido - foi em vão. E a cada manhã que se sucedia à alcova infeliz da véspera, ela foi arquitetando a vingança, após repartir com a filha do casal, e uma amiga, a dor moral de ter sido enganada.
Muniram-se as três da “arma” de vingança: era algo discreto, de uso rotineiro na preparação do almoço caseiro, objeto capaz de ser facilmente escondido. E assim se foram as três à casa da rapariga, onde o encontro foi rápido, com palavrões, tapas etc. Passo seguinte foi a imobilização da rival - coisa fácil de conseguir pois as duas jovens amigas, partícipes da vingança - ao contrário da esposa enganada - eram musculosas.
De imediato, o uso da "arma": um vidro com molho de pimenta malagueta. Imobilizada, a jovem teve sua calcinha retirada e a agricultora pingou, com vigor, diversas gotas do tempero, pertinentemente aplicadas justamente naquele local do corpo da moçoila que tanto chamara a atenção do motorista adúltero.
Rápido, as três bateram em retirada - a cena semifinal não durou mais de um minuto. O caso repicou na delegacia de polícia, foi ao foro da comarca e terminou no tribunal.
A agricultora foi denunciada por infração ao artigo 129 do Código Penal, sendo condenada a cinco meses de detenção, em regime aberto. O juiz de primeiro grau e três desembargadores da corte foram coincidentes num ponto: “a própria ré admitiu a prática da agressão insidiosa”.
No foro, o caso ficou conhecido como "o processo da malaguEEETTTAAA".
Sempre com proposital entonação nas três letras finais do vocábulo. Justamente porque rimava com...(adivinhem!).
Publicado em 03.09.10 no Espaço Vital: http://www.espacovital.com.br/noticia_ler.php?id=20473
Postado por
Fabiana Marion Spengler
às
18:44
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário