Alexandre Carvalho
Data: 12.05.11
Porto Alegre, 11 de maio de 2011.
Ao
Espaço Vital
Ref.: Seis horas e 20 minutos de espera
Gostaria de dividir com os leitores do Espaço Vital um fato que ocorreu anteontem (10) por ocasião da pauta de audiências do JEF Previdenciário em Porto Alegre. Por motivo da proximidade de suas férias, o juiz federal Dr. Ricardo Nuske montou a pauta de audiências do dia com nada menos do que 24 audiências.
Resultado: a audiência - em que participaria como advogado - que estava marcada para as 16 h
só ocorreu às 22h20. Anoto que, por cautela, minha cliente e eu chegamos com cerca de uma hora de antecedência.
Minha cliente tem 83 anos de idade. Pedi reiteradas vezes, que o Estatuto do Idoso fosse respeitado; o magistrado disse que a pauta
seria cumprida pela ordem.
Houve um desrespeito aos advogados e partes. Muitos dos profissionais do Direito perderam outras audiências e compromissos sem falar no prejuízo das testemunhas e clientes que vieram do interior do estado.
Como uma das partes veio de Santa Catarina, para o retorno perdeu o ônibus das 21h e só embarcou no dia seguinte (11) às 5h. Obviamente, dormiu (?) em um banco da rodoviária. Uma conjunção de absurdos e de abuso de poder.
E ainda mais, as audiências era realizadas em duplas. Duas na mesma hora com o mesmo juiz! É possível?
Até onde magistrados irão desrespeitando os direitos básicos como a dignidade de nossos clientes?
Atenciosamente,
Ricardo Waldman, advogado (OAB-RS nº 75.636).
CONTRAPONTO
O Espaço Vital não recebeu retorno à tentativa - feita via assessoria de comunicação social e no próprio JEF - de colher a manifestação do magistrado.
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Que absurdo!!
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